Com achegada da primavera encerrei meus trabalhos de tricô e retomei o crochê. Este é mais um trabalho realizado. Falta colocá-lo numa toalha.
Neste espaço, todos terão acesso aos meus trabalhos! Que sirva de inspiração para alguns Que encha os olhos de outros ... e que todos sejam bem vindos!
30 de set. de 2007
29 de set. de 2007
26 de set. de 2007
Alecrim
'Um cheirinho de alecrim'
Lucia Helena dos Santos
Há dias em que tem-se a impressão de se estar dentro de um espesso nevoeiro.Tudo parece monótono e difícil e o coração fica triste.É a noite escura da alma.Era meu aniversário e justamente um destes dias estranhos,
quando uma voz interior me disse: 'Você precisa tomar chá de alecrim'.Fui ao jardim e lá estava nosso viçoso pé de alecrim.Interessante é que quase todos que visitam nossos jardins demonstram afeição e respeito pelo alecrim. Confesso que nunca liguei muito para ele. Mas, naquele dia, com toda reverência, colhi alguns ramos, preparei um chá e o servi em uma linda xícara. O aroma era muito agradável e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando. Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti enorme felicidade no coração.Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria.Aliás, o nome alecrim já lembra alegria.
Resolvi pesquisar a respeito e veja só que maravilha!O alecrim - Rosmarinos officinalis -planta nativa da região mediterrânea foi muito apreciado na Idade Média e no Renascimento, aparecendo em várias fórmulas, inclusive a 'Água da Rainha da Hungria', famosa solução rejuvenescedora.Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo (um monge?), quando estava paralítica e sofria de gota. Com o uso do preparado, recobrou a saúde, a beleza e a alegria. O rei da Polônia chegou a pedi-la em casamento! Madame de Sévigné recomendava água de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria. Rudolf Steiner afirmava que o alecrim é, acima de tudo, uma planta calorífera que fortalece o centro vital e age em todo o organismo. Além disso, equilibra a temperatura do sangue e, através dele, de todo o corpo. Por isso é recomendado contra anemia, menstruação insuficiente e problemas de irrigação sangüínea.Também atua no fígado.E uma melhor irrigação dos órgãos estimula o metabolismo. Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma visão de Jesus que o tornou capaz de livrar-se do vício. Jesus lhe sugeria que tomasse chá de alecrim para regenerar e limpar as células do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-íris. O alecrim é digestivo e sudorífero. Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicadopara recompor o sistema nervoso após uma longa atividade intelectual.É recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansaço mental e estafa; ainda para perda de memória, aumentando a capacidade de aprendizado.
Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim:Quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus,as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sagrada família passava por elas. O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice. O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu-se lamentando não poder agradar o menino.Cansada, Maria parou à beira do rio e, enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas. Em seguida, olhou a seu redor, procurando umlugar para estendê-las.'O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais'.Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manhã. 'Obrigada, gentil alecrim' - disse Maria.'Daqui por diante ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando. E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos.Eu abençôo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria.'
21 de set. de 2007
12 de set. de 2007
7 de set. de 2007
4 de set. de 2007
Além de trabalhos manuais gosto muito de literatura. Este texto foi publicado na Zero Hora. Gostei e compartilho com vcs!
04/09/2007
Todos os ventos
Moro num lugar aberto a todos os ventos do Hemisfério Sul. Por vezes desperto de madrugada com a sensação que se deslocou o eixo do universo. Mas logo percebo que as vidraças tremem, que as venezianas gemem, apenas porque se soltou a inquietude austral dos descompassos do tempo.Sempre vivi na mesma área central da cidade de Porto Alegre. Na infância, ainda na Rua João Manoel, minha mãe bloqueava com serpentes de areia a ira dos elementos. Agora, aqui na Rua Duque, o apartamento é açoitado por vendavais e se curva feito um ramo na tempestade. Não me assusto.É que, da aparente fragilidade do ato de existir, aprendi uma lição essencial. A de que nenhuma jornada é somente constituída de bonança. Mister é que a abalem turbilhões ocasionais, para que se exercite o poder de sua resistência e nesta procure e recupere a serenidade.Aprendi um outro ensinamento fundamental: o de que a cada noite corresponde sua aurora. Isso vale para cada passo de nossa trajetória sobre a Terra. Por vezes nos defrontamos com desafios tão ásperos como as tormentas. Mas há dentro de nós insuspeitadas energias que nos permitem recobrarmos a tranqüilidade anterior e, assim como amaina o som e a fúria das vagas, se aquieta nossa alma e torna a pulsar tranqüilo nosso coração.Não faz muito encontrei um amigo a quem parecia terem ocorrido todos os tropeços e derrapagens da vida. Tornei a vê-lo agora, aprumado e seguro, em paz consigo e com o mundo.Tinha assimilado uma noção singela: a da própria fortaleza íntima, a mesma que pulsa em você, em mim, por mais irados e indomáveis que se mostrem todos os ventos. (Liberato Vieira da Cunha)
04/09/2007
Todos os ventos
Moro num lugar aberto a todos os ventos do Hemisfério Sul. Por vezes desperto de madrugada com a sensação que se deslocou o eixo do universo. Mas logo percebo que as vidraças tremem, que as venezianas gemem, apenas porque se soltou a inquietude austral dos descompassos do tempo.Sempre vivi na mesma área central da cidade de Porto Alegre. Na infância, ainda na Rua João Manoel, minha mãe bloqueava com serpentes de areia a ira dos elementos. Agora, aqui na Rua Duque, o apartamento é açoitado por vendavais e se curva feito um ramo na tempestade. Não me assusto.É que, da aparente fragilidade do ato de existir, aprendi uma lição essencial. A de que nenhuma jornada é somente constituída de bonança. Mister é que a abalem turbilhões ocasionais, para que se exercite o poder de sua resistência e nesta procure e recupere a serenidade.Aprendi um outro ensinamento fundamental: o de que a cada noite corresponde sua aurora. Isso vale para cada passo de nossa trajetória sobre a Terra. Por vezes nos defrontamos com desafios tão ásperos como as tormentas. Mas há dentro de nós insuspeitadas energias que nos permitem recobrarmos a tranqüilidade anterior e, assim como amaina o som e a fúria das vagas, se aquieta nossa alma e torna a pulsar tranqüilo nosso coração.Não faz muito encontrei um amigo a quem parecia terem ocorrido todos os tropeços e derrapagens da vida. Tornei a vê-lo agora, aprumado e seguro, em paz consigo e com o mundo.Tinha assimilado uma noção singela: a da própria fortaleza íntima, a mesma que pulsa em você, em mim, por mais irados e indomáveis que se mostrem todos os ventos. (Liberato Vieira da Cunha)
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