30 de mar. de 2012

Saber Viver!

Quando me amei de verdade

Kim e Alison McMillen

“Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.Hoje sei que isso é Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.Hoje chamo isso de Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é
Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama
Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é
Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas vezes menos. Hoje descobri a
Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é
Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é Saber viver!!!”

23 de mar. de 2012

O poder do não

O poder do não

Raquel Braga


Dizer não para o que não queremos é dizer sim para o que nos faz bem. O não pronunciado traz bem-estar, proteção, respeito e dignidade.Dizer não para o silêncio velado é dizer sim para a clareza, dizer não para a emissão gratuita de juízos de valor sobre coisas e pessoas é dizer sim para o diálogo aberto, dizer não para a hostilidade é dizer sim para os bons tratos e dizer não para a mentira é dizer sim para a verdade.Se não nos dermos a liberdade de dizer para nós mesmos “isso eu não gosto, isso não me faz bem, isso não tem nada a ver com o meu jeito, eu não acho isso legal” estaremos diante da auto-agressão. Dizer não é o antídoto para o abuso: o espírito agradece.A cada não estabelecido existe um sim para ser vivido: um sim para nós mesmos, para nossas vidas.Dizer não, não significa ter certeza sobre as coisas, pois uma vida sem dúvida sequer pode ser uma vida. Dizer não significa querer viver uma vida com bons acontecimentos.O não é higiênico para a alma: saber afastar o que não nos cai bem traz limpeza para a nossa mente e o nosso coração.Cada um tem a sua forma de dizer não. Ninguém, além de nós mesmos, é capaz de saber o que é viver dentro de si.Dizer não, não é apenas possível, mas necessário. Como a vida é dinâmica e o ser humano é temporal, o não muda conforme a situação vivida. Vamos nos colocando no mundo e dizendo não. Amanhã, em outra posição, novos nãos virão. O que não podemos, jamais, é abandonarmos nós mesmos e não nos escutarmos. Para saber dizer não é preciso se escutar.Nietzsche, na passagem de Zaratustra, lembra o poder de se auto-escutar: “Quem tiver ouvidos que ouça. Assim falou Zaratustra na cidade que amava, que se chama Vaca Malhada, distante dois dias de caminho da sua caverna e dos seus animais; e sempre se lhe alegrava a alma ao aproximar-se o seu regresso”.Então, amigo leitor, vamos seguindo nossa trilha, vivendo num acontecer produtivo, nos alimentando de coisas boas, recolhendo para perto de nós aqueles que nos fazem bem, que nos respeitam e que aceitam o nosso jeito de ser e vamos dizendo não: não para o que não interessa e sim para o que realmente importa.